Vitória segue em frente na Taça

Com mais dificuldades do que o esperado, o Vitória passou à 4ª Eliminatória da Taça de Portugal e continua a caminhada rumo ao Jamor.

Mesmo com os caseiros a alinharem com a maior parte dos habituais titulares, o Moura, equipa que milita na 2ª Divisão, causou muito embaraço aos Vimaranenses e esteve a escassos minutos de conseguir a surpresa no terreno de um dos tubarões do futebol português.

Apoiados por uma falange de cerca de uma centena de adeptos, os Alentejanos puseram-se na frente do marcador à passagem do minuto 14. Grande jogada do avançado Hugo Firmino (que fez um belíssimo jogo) a assistir Henrique Gomes que colocou a bola nas malhas da baliza de Douglas Jesus. Surpresa em Guimarães, com os adeptos do Moura a fazerem a festa que contrastava com os assobios dos Vitorianos.

O Vitória tinha agora que correr atrás do prejuízo, mas a tarde era de total desinspiração para os jogadores vestidos de branco. Mesmo com maior posse de bola faltava clarividência aos jogadores da casa, situação que era aproveitada pelos forasteiros que seguravam a vantagem com maior ou menor dificuldade e partiam para contra-ataques rápidos.

Mesmo assim, à oassagem do minuto 37 os Conquistadores poderiam ter chegado ao empate, porém a bola esbarrou no poste de Rui Rosindo.

Chegava o intervalo com o aguerrido Moura a vencer em Guimarães perante um Vitória irreconhecível.

Na segunda parte viu-se o Vitória a tentar esboçar uma reacção, tomando as rédeas do jogo e partindo para cima do adversário. De facto, os jogadores só se podem queixar de si próprios, nomeadamente Barrientos que teve duas perdidas escandalosas em frente da baliza adversária e também da inspiração de Rui Rosindo.

Já com mais 3 jogadores de ataque em campo (Faouzi, Edgar e Nuno Assis), o Vitória apertava cada vez mais, com o Moura a respirar apenas em curtas saídas em ataque rápido que em nada resultavam.

O tempo começava a escassear, a ansiedade a aumentar até que a 4 minutos do final do encontro e consequente eliminação da Taça, aos 86, apareceu o argelino Soudani a faturar para o alívio dos Vitorianos, que já temiam a queda perante a modesta equipa do Moura. Um renovado Vitória carregou até ao último segundo, porém a decisão adiou-se para o prolongamento.

Mantendo-se o empate era necessário mais 30 minutos de jogo para se decidir o vencedor, para martírio dos desgastados jogadores das duas equipas e para o sofrimento de ambos os adeptos.

O prolongamento até começou com um lance de relativo perigo para os visitantes, mas a partir daí foi o Vitória que não deu hipóteses aos alentejanos de respirarem sequer. Assistiu-se a um massacre no D. Afonso Henriques, com os valentes jogadores do Moura a remeterem-se à sua defensiva, sempre sustentados por um enorme espírito de entreajuda.

Mas a justiça havia de ser reposta, com o goleador argelino Soudani a bisar e a fechar o marcador numa altura em que até já se pensava nas grandes penalidades.

No final do encontro ouviram-se assobios das bancadas, com os Vitorianos insatisfeitos com a produção da sua equipa em campo, que se viu em dificuldades para bater uma equipa teoricamente muito mais limitada mas com um enorme pulmão

Fica para a história a passagem à eliminatória seguinte, numa longa caminhada que tem como o fim o estádio do Jamor.