Micael Almeida irá ser o primeiro a opinar, e daqui em diante irá continuar a fazer esses mesmo artigos de opinião.
Embora não seja de interesse vitoriano a sua primeira opinião, Micael Almeida fez uma bela abordagem àquilo que se está a passar neste campeonato.
O
não-candidato
Hoje, o Sporting Clube de Braga, em
caso de triunfo sobre a Académica de Coimbra, do ex-portista Pedro Emanuel,
ascenderá ao primeiro lugar do campeonato nacional. Um ano e meio depois. A
equipa, que não é candidata, poderá ser líder da prova a 6 jornadas do seu
término… Assim sendo, na sua peugada estarão Porto e Benfica. Dois clubes que
parecem mais preocupados em ver o seu rival longe do primeiro lugar, que eles
próprios o conseguirem atingir!
Nesta liga anedótica a vários níveis,
verifica-mos situações que a própria razão desconhece. Entre elas, dois
reforços de Inverno que o “não-candidato” recebeu por empréstimo… dos
candidatos! Miguel Lopes, do Porto, Ruben Amorim, do Benfica. Qual o interesse
desses dois clubes nestes empréstimos? Não sei, duvido que alguém saiba.
Durante a semana, os candidatos e
ditos “grandes” esforçaram-se para dar um “tiro” nas aspirações do respectivo
rival. O que conseguiram foi um “tiro” no próprio pé, consumada a jornada
desportiva. A troca de galhardetes sobre a arbitragem (de que ambos beneficiam
constantemente) foi considerada mais importante pelos treinadores de “águias” e
“dragões”, que viram as suas equipas cederem dois preciosos pontos. Ambos foram
hábeis na troca de argumentos, e completamente inábeis no desempenho do seu
trabalho. Jesus fez descansar Aimar e, por arrasto, viu a equipa encarnada
repousar na teia montada pelo ex-portista Sérgio Conceição. E que resistente
era tal teia, que suportou o peso de uma ave de rapina! Por seu turno, Vitor
Pereira, na Mata Real, decidiu, a 30 minutos do fim do jogo, trocar Janko por
Kléber, numa altura em que a sua equipa era senhora do jogo, mas em que o
resultado ditava 0-1… reduziu o seu armamento ofensivo a Hulk, viu o Paços
crescer, e pagou caro a ineficácia, com
o golo do benfiquista Melgarejo. Vitor
Pereira, preocupado em responder a Jesus, não se apercebeu da promessa que o
paraguaio tinha feito…
No final destes jogos, mais do mesmo.
Críticas à arbitragem. Vitor Pereira viu penalty sobre Hulk, mas não vislumbrou
falta de Sapunaru sobre Luisinho, na área portista. Normal. Jesus viu jogada
legal, numa gesto grosseiro do tecnicista Pablo. Um lance com “nota artística”
que transformou os equívocos encarnados em desespero…
Aos sucessivos falhanços em campo de
Porto e Benfica, e à troca de bitaites de café, o Sporting de Braga responde
com o silencio da sua diferença… pois bem, é apenas candidato ao 4º lugar! Pelo
menos parece ser assim que Porto e Benfica o olham, mas Leonardo Jardim sabe
perfeitamente o que quer e já deu conta que os reis vão nus. No fim, esperará
dizer “eu estou cá, sempre estive, vocês é que não repararam”.
Micael Almeida, sócio nº 7963
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